terça-feira, 12 de abril de 2011

Amor que dá certo

Certo mesmo só quando tem tudo pra dar errado. Pensar, pra que? Melhor deixar acontecer, a mente sonhar, o coração bater, a pele sentir. Juntos, envolvidos, grudados. Isso é sempre o melhor do que pode ser melhor.
E mais ainda é o depois. Claro que o antes e o durante são tempos fundamentais, mas o depois é ainda mais fundamental. Se o começo continua mesmo depois do êxtase... aí é que já deu certo mesmo.
Mas o que é dar certo? Padrão esperado? Totalmente impossível. Talvez por ser assim impossível é que dê tão certo. Será? Ele sempre estará ali, lá ou por aí... eu, ao contrário estarei sempre aqui. Não tenho para onde ir, não pela minha natureza, mas sim pela minha realidade que sempre me belisca; já ele, ao contrário, sempre terá um destino incerto. Seja pela sua própria natureza, seja pela natureza do seu ofício.
Que fazer? Viver? Parece simples. Mas não é. Saudade infinita que não dói, alimenta. Alimenta o que ainda está por vir, já que não tem fim. Não tem fim porque deu certo.
Se deu certo é porque é, no fundo, impossível. Amores impossíveis sempre dão certo. Verdade verdadeira.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sobre a resistência em admitir relacionamentos com homens mais jovens

Tem uma estranheza em mim. Gosto do jeito que ele me alcança.
Já tem anos que essa história, apesar das minhas memórias implantadas, vai se aprimorando. Primeiro, paixão. Fúria. Horas ao telefone e o Atlântico. Eu aqui, construindo blindagens, muros imensos. Ele lá, flanando, com medo. Nós com medo.
Em termos: de tempos em tempos, reencontros. Aeroporto, camisa azul, cheiros e músicas insuportáveis. Abraços, dentes expostos, saliva, sexo vertiginoso. Onde fica a porta do banheiro?
Retorno: nós dois do lado de baixo do Equador. Ali era possível dizer. Eu não disse. Não disse, e a ausência da palavra na cara da pergunta fez tudo girar. Escolhemos a vida fácil. Eu aqui, seta. Ele aqui, menino. Nós contra o tempo. Muita diversão.
Poucas vezes mágoa. Sempre profunda.
Casamos.
Todo dia, o dia todo. Erguemos projetos e muros pra conter cada um deles. Sem poder avistar, fomos cansando das impossibilidades. Ficamos amigos. Desses que transam.
Numa tentativa sem sentido, fizemos a aposta: quem de nós encontrará primeiro um grande amor? Um qualquer... unzinho.
Corri e inventei um. Um bem rasgado: que telefona, convida, mora sozinho, sabe cozinhar, quer apresentar a mãe e os filhos, faz poesia e sexo tântrico. Quase casei.
Fiquei apaixonada pela paixão que poderia ter, caso tivesse. Fui lá: cerveja na laje, conversar intermináveis, beijo na boca, música de dia e de noite. Já não podia dormir. Pedida em casamento, ri. Tudo inventado, mas forte. Não fosse a sensatez produzida pela blindagem – texto, escadaria, poeira, juventude – eu tava lá até agora.
Voltei pra caverna.
Trabalho e literatura. Cotidiano com relógio. Tive saudades. Lembrei de tudo: da aspereza e da doçura; dos dentes enfileirados; da absoluta perfeição do encaixe, que me tira o fôlego; do meu rosto quente; dele em mim e da minha absoluta presença nele.
Se antes ocupávamos, um no outro, espaços que deveriam apontar o vazio, agora, sabemos que essa ocupação é libertária. Eu, livre, vou. Ele, livre, vem.
Reencontramos o ponto inicial. Inicial de agora em diante.
Ficamos irreparavelmente livres. Mesmo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retrospectiva de mim mesma

Mais um ano se passoooou... e nem sequer ouvi falar seu nome...

Pois é, meninas. O que passou, passou, o que foi já era. A fila tem que andar. Que tal aproveitar esse início de ano para fazer uma retrospectiva pessoal no campo amoroso e listar os aprendizados que os últimos relacionamentos trouxeram? Ou, se vc está acompanhada, vale a pena listar os momentos não muito agradáveis, as discussões e/ou situações em que o mundo cor-de-rosa do romance quase ficou pálido...
Algumas sugestões para começar a reflexão tendo vc como foco e não os homens com quem vc se relacionou:

1) Coisas que me fizeram feliz - sensações, diálogos, gentilezas, demonstrações de carinho. Procure lembrar de como vc se sentiu plena e satisfeita nesses momentos, como eles aconteceram e o quanto vc quer repeti-los nos futuros relacionamentos;

2) Coisas que não me agradaram - falta de atenção, desconfiança, desconforto, angústia, tristeza. Vale a pena enumerar esses pontos, mesmo que muitos deles sejam bem subjetivos. O importante é refletir o que vc aprendeu com essas situações, ou melhor, como vc deixou que isso acontecesse a vc, para poder evitar isso na hora que surgir um cara que parece ser legal;

3) Coisas que eu gosto - além do trabalho que vc adora e de cuidar dos filhos fofos que vc tem, o que mais vc tem prazer em fazer? Jogar, cantar, dançar, nadar, viajar, pintar, bordar, escalar, lutar - seja o que for, o importante é pensar o quanto de 2010 vc dedicou a essas coisas (o que é bem diferente de se ocupar em achar um homem/namorado/companheiro);

4) Coisas que eu preciso - essa lista é fácil, todo mundo tem uma enorme! mas tente ser seletiva para que ela possa de fato ser cumprida. Aprender uma nova língua, cuidar dos documentos da empresa, emagrecer, regularizar o imóvel ou o estado civil, aplicar o dinheiro poupado, trocar de carro. Eleja uma ou duas coisas e se programe para conseguir fazer;

É isso aí, pessoal. O importante é aproveitar o início do ano e fazer essa reflexão importante para o bem estar. Perceba como nós mulheres estamos gastando energia demais tentando encontrar um companheiro (ou tentando "ajustar" o que já temos). A dica é: vamos concentrar na gente mesmo?

Aproveita e compra o livro auto-ajuda-sim-mas-é-bacana-mesmo
Por que os homens amam as mulheres poderosas. Ok que dá uma puta vergonha na hora de passar no caixa, por isso, compre online ou vá de manhã que tem menos gente e telefone para alguém bem na hora que estiver na fila de pagamento, não pare de falar até passar o cartão e receber a sacolinha...rsrs