terça-feira, 14 de agosto de 2007

Diálogo - Olha o tom aí de novo.

No meio da conversa que já estava ficando descontraída, ele falou sobre a tal reunião então eu falei:

- Você recebeu meu torpedo?
- Ah recebi, obrigado. (com um sorrisinho assim engraçado), fez ele.
E eu,
- Puxa, podia ter respondido pelo menos um obrigado, né? (também sorrindo), depois desbaratinei com um - brincadeira...
(Depois pensei BURRA! Poderia simplesmente ter sorrido e dito... "Pensei em você e resolvi mandar... " assim um pouco doce, sacou o tom.

Porque na verdade, essa era a verdade, afinal de contas. Tinha feito com o maior carinho!

Quer outra errada no tom?

Estávamos conversando havia quase 1 hora, na sala de espera do Consulado Italiano hoje à tarde, descontraidamente sobre vários assuntos. Aí me lembrei que a faxineira dele fez um freela na minha casa em Julho porque minha cozinheira foi pro Maranhão de férias...

Comentei:

- Putz, como você aguenta a Fulana?
Ele morreu de rir..
- A comida dela não tem o menor gosto, socorro.. e ela fala demais! E ele,
- Ela não cozinha na minha casa...

Tudo bem que meu tom foi super suave, mas eu PRECISAVA dar palpite na faxineira da casa DELE? Errada no tom, né?

domingo, 12 de agosto de 2007

Fila de balada...

Ai ai ai... não tem situação mais constrangedora para quem ficou anos a fio longe das baladas do que encarar uma fila na entrada...
Não sei porque, mas uma sensação de timidez toma conta do seu corpo de uma forma avassaladora. Não dá pra esconder que você está ali, exposta, explícita, em todos os sentidos... como se cada ser humano daquela fila que vai aumentando a cada segundo - soubesse tudo sobre você, e que você está ali em busca de companhia...
Como se todos ali também não estivessem fazendo o mesmo...

De mulherão a mulherinha 2

Quando analisamos - e apontamos - todos os problemas dos homens, quase nunca lembramos dos nossos próprios, não é mesmo? Como seria bom se o nosso homem fosse cheio de iniciativa (será que eles sabem o que é isso?) e de vez em quando nos surpreendesse com um programa romântico cuidadosamente planejado por ele... ou, melhor ainda, em vez de um programa especial, bastaria que numa circunstância nada romântica (situação mais do que comum no cotidiano de um casamento) ele simplesmente encerrase o assunto com um agarrão daqueles e um beijo de tirar o fôlego....
Deu água na boca? Lembrou de cena de novela das oito? Pois é... são pouquíssimas as privilegiadas que atualmente podem afirmar: "ah, isso acontece sempre lá em casa...".
E por que será? O que nós mulheres estamos fazendo para afastar os pensamentos dos homens sobre nós? O fato é que demontramos, dia-a-dia, somente o nosso lado "mulherão, ou seja, o quanto somos bem-resolvidas, seguras e quase - vou exagerar de propósito - "auto-suficientes" em matéria de sexo e erotismo.
Por que não sabemos lidar e, muito menos, explicitar as fragilidades femininas diante dos nossos homens? Vale a pena essa resistência? Afinal, qual é a compensação?

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Porque eles não ligam depois?

Fiquei quase 6 anos casada e me separei no ano passado. Depois de praticamente 1 ano no casulo, elaborando todo sofrimento e frustração de um casamento que terminou, comecei a sair novamente.

OK, lindo, normal! Depois das primeiras saídas assim muito tímidas e sem me encontrar no ambiente da balada, acabei me encontrando, claro! Afinal, não fui a vida toda casada, muito pelo contrário, vamos dizer assim... Era só uma questão de me readaptar, pensei eu...

Depois de umas duas ou três baladas, beijo na boca e tal, conheci um cara que achei bem legal. A noite foi ótima, paquera, troca de olhares, me ofereceu uma cerveja, conversamos muito, demos muitas risadas e por fim uns beijos e amassos muito dos bons! UAU, curti...

Beleza, fui embora cedo e mal cheguei no carro já tinha um torpedo (aliás, instrumento indispensável na paquera moderna, que beleza!), uma mensagem para cá, uma mensagem para lá, fui dormir...

Depois de mais alguns torpedos e telefonemas em alguns dias depois, saímos para uma cerveja e muita conversa boa. Gente, achei ótimo! Um cara inteligente, interessante, um pouco estressado demais para o meu gosto, mas continuou sendo muito legal... Beijos, conversas, cervejas, bingo! Acabamos na cama!

Anyway, até o final a noite foi ótima na minha opinião. Claro que não sem tropeços que só podem acontecer quando temos tamanha intimidade com alguém que não temos intimidade nenhuma, mas, no resumo da ópera, bem legal. Eu queria que ele tivesse me ligado de novo.

Mas ele não ligou! Apesar de ter prometido ligar quando nos despedimos...

Por isso a pergunta: porque eles não ligam depois? Alguma idéia?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Será que não é o tom?

Fico pensando o quanto podemos ainda, como mulheres que cresceram, amadureceram e conquistaram uma série de coisas, achar o melhor tom. O melhor tom para cada uma das relações. Às vezes acho que nessa trajetória estamos tranferindo o tom firme e assertivo do trabalho, das conquistas, para nossas relações pessoais e isso não traz bons resultados.

Porque cada situação demanda seu tom mais harmonioso e adequado. Sobretudo quando estamos falando na relação com os homens. Quantas vezes percebi que quando mudo o tom com meu ex-marido por exemplo, consigo obter dele exatamente a reação ou ação desejada.

Sabe aquela cena do filme "Casamento Grego" onde a mãe da personagem principal fala o seguinte para a filha "o homem é a cabeça, mas é a mulher que vira o pescoço"! Será que não é essa realidade quase do DNA que temos que aceitar e aprender a lidar? Homens e mulheres são diferentes, com necessidades, capacidades, qualidades e defeitos diferentes. Não?

Anyway, tudo isso para pensarmos cada vez mais no tom. Qual o tom da nova mulher?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Para pensar

Revista da Folha - 05/08/2007

Amor servil

por Francisco Daudt

O senhor uma vez escreveu, no livro "O Amor Companheiro", que todas as mulheres esperam 100% de entrega de seus homens, mas que, se eles cederem a isso, serão imediatamente desprezados. Eu tenho vocação para gueixa, quero agradar meu marido completamente. Corro o mesmo risco?
Não. Os homens são diferentes das mulheres. Você tem o que se chama de "servidão voluntária", o que é encantador para a maioria dos homens.
Homens sonham com mulheres que os admirem, que se entreguem a um amor incondicional, como o das mães, que não os cobrem nem os critiquem. Seu exemplo da gueixa não é por acaso. As mais bem-sucedidas no Japão recebem uma fidelidade incomparável de seu senhor.
É claro que há aqueles que querem uma mulher desafiadora, a quem precisam conquistar a cada momento, como um reflexo de seu fetiche.
As feministas da igualdade vão se irritar com isto, vão querer me massacrar. Mas sua atitude acolhedora permite que você seja feliz como dona-de-casa, porque isso é uma escolha sua.
Não que seja "a postura certa", aplicável para todas. Mas a grande maioria das mulheres traz dentro de si um ovo de jararaca, que eclode e ganha força diante de um marido banana. Se a jararaca ficar forte, elas serão infelizes. Eis porque os homens precisam manter uma tensão ao não se entregarem por inteiro.
Isso mantém o desejo delas por eles, porque o admiram, pois não o dominam. Sua estratégia, fruto do seu desejo, pode ser fonte de felicidade.

Francisco Daudt é psicanalista e escreve quinzenalmente nesta coluna. fdaudt@folhasp.com.br

domingo, 5 de agosto de 2007

De mulherão a mulherinha...

Se você gosta de ser chamada de "mulherão", cuidado! O "elogio" nem sempre corresponde àquele sentido a que toda mulherão atribui sem pensar muito: fulano (a) me acha corajosa, linda e independente!
Pois é, amigas, sem querer desanimar, esse superlativo da condição feminina quase sempre significa: "de quem os homens fogem..."
Não entendeu? Calma. É sobre isso que vamos tratar neste blog. A idéia é criar e manter um espaço de troca permanente entre mulheres "mulherão" que reconhecem o lado positivo das "mulherinhas", ou seja, as meigas, doces e femininas, que vivem preocupadas em ter uma roupinha nova para sair ou trabalhar e que vão felizes ao cabelereiro sem se importar em ficar horas a fio lendo "Caras" e "Contigo" para saírem lindas de unha feita e cabelo escovado...
O fato é que os homens - os que valem a pena, é bom ressaltar - admiram as "mulheronas", sentem forte atração por elas até, porém, acabam preferindo as "mulherinhas"...
Você não se importa? Acha que ser "mulherinha" não tem nada a ver com você? Danem-se os homens, pois quem quiser ficar com você terá de aceitá-la exatamente como é?
Será mesmo? Já parou para pensar que é possível incorporar o lado bom de "mulherzinha" sem deixar de ser "mulherão"?
Se você ficou curiosa, aguarde. Vamos conversar bastante sobre o assunto.

Balzaquianas: no ápice!

Se você está na casa dos 30, veja por que o termo deixou de ter um tom pejorativo nos dias de hoje.
http://www.bolsademulher.com/estilo/materia/balzaquianas/2782/1

Revista Época: Mulheres Alfa

Inspiração para o Blog
Leia a reportagem da Revista Época sobre as Mulheres Alfa. Março de 2007.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76794-6014-462,00.html