domingo, 29 de março de 2009

"Ele não está a fim" desvenda os homens em dois personagens

O filme Ele não está tão a fim de você (He's Just Not That Into You - Ken Kwapis) é uma comédia deliciosa e altamente instrutiva! Principalmente para nós mulheres, claro, românticas assumidas. Mas o lado masculino da situação - sim, eles também sofrem quando não queremos nada com eles - também é evidenciado e de um jeito bastante realista, digamos assim. Sem tantos estereótipos.
Dois personagens masculinos presentes na trama, se analisados com bastante propriedade, nos dão um verdadeiro mapa da mina para não mais cair em ilusões em relação aos homens. O primeiro é o corretor de imóveis, Connor. Ele, de tão enlouquecido pela professora de ioga (Scarlett), a ponto de aceitar seu comportamento volúvel em relação a ele, mostra com clareza como ficam os homens que realmente estão a fim de uma mulher.
Parece até chover no molhado, mas nunca é demais repetir a máxima das máximas: quando eles estão a fim eles não apenas telefonam, mas também fazem o que for preciso. Sem se preocupar se estão fazendo papel de idiotas. Eles realmente esperam. Esperam até a última gota de esperança que a mulher deixar escapar.
Nós mulheres vivemos caindo em ilusões porque custamos a admitir isso, o comportamento de Connor, como um comportamento masculino. Fazemos tudo para acreditar que os homens não são transparentes. Mas eles são sim. Nós é que não somos, aliás, quase nunca.
Por isso a Gigi, com toda a sua vivacidade e empenho na busca de um amor, é uma caricatura das mulheres. Há muito mais Connor por aí do que Gigi. Sei que muitas torcerão o nariz, mas meninas, nós mulheres jamais nos concedemos ter um comportamento tão honesto como o da personagem Gigi. Ela quebra a cabeça, se expõe, faz bobagens, mete os pés pelas mãos - mas ela mantém a todo o momento a fidelidade com ela mesma, com os sentimentos dela, sem vergonha do ridículo.
Um segundo personagem bastante instrutivo da mente masculina é o do marido (Cooper) que de repente vive um caso extraconjugal. Bem casado e aparentemente feliz com sua esposa, ele se deixa envolver por uma mulher exuberante que conhece no supermercado. A situação põe em evidência o tamanho da encrenca que pode se tornar um homem que se vê "eticamente" (e não pela óbvia razão da vontade própria) obrigado a assumir um casamento. E, sem dúvida, o quanto sua esposa na verdade é casada com a entidade "casamento".
Se Gigi é uma caricatura das mulheres, as personagens das duas Jennifers e a de Drew são absolutamente fiéis às personalidades femininas que a gente conhece e vê por aí todo dia. Basta prestar atenção.
Na contagem final, a caricatura masculina prevalece sobre a feminina no filme: dois para uma. O personagem Alex reforça o velho estereótipo do homem "pegador" que de repente se apaixona por quem menos espera e muda completamente (mas super vale acompanhá-lo, pois ele dá dicas preciosas!). Mas, sobretudo, o personagem do marido (que não é marido no papel) ma-ra-vi-lho-so vivido pelo gatíssimo Ben Aflleck vence qualquer disputa no quesito "ficção". Imaginem ter um homem lindo daquele, gostoso, fiel, apaixonado, prestativo, gentil, que pendura quadros e cuida do sogro doente e ainda aceita casar no papel com a esposa depois de 7 anos de união só para provar o seu amor por ela?? Fazfavor, né!

2 comentários:

Romero Cavalcanti disse...

Eu penso que...

Nós só temos o hoje… Um pouco do ontem… Tudo que fizemos segundos atrás é passado não podemos voltar.

Temos também os sonhos… Acredito neles!

Por isso precisamos cada vez mais qualificar e não quantificar o agora.

Em uma festa, tive que dizer a uma mulher (bonita) e naquele dia “um pouco” insistente:

Olha para mim! Eu gosto de beijo sim…

Mas o que eu quero é uma história e se for de Amor melhor ainda.

Não estou a fim!

Cris disse...

Olá, obrigada pelo comentário!
Só nao entendi se a história que quer é somente de amor ou qualquer outra vale a pena tb (as só de sexo ou as só de amizade...)